Dois anos após tragédia, familiares das vítimas ainda lutam por justiça

Há quase dois anos, no dia 25 de janeiro, o Brasil assistiu a um dos maiores acidentes de trabalho ampliado da história. O rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho. Cerca de 12 milhões de toneladas de rejeitos de minério, em uma avalanche devastadora, tirou a vida de 272 trabalhadores que atuavam na barragem no momento da tragédia. As famílias, em conjunto com movimentos sociais, movimentos religiosos e sociedade continuam lutando para que seus direitos sejam conquistados na Justiça.


População e movimentos sociais juntos na luta por justiça – Foto: Divulgação

Para Marina Paula Oliveira, moradora de Brumadinho e coordenadora de projetos das comunidades atingidas na tragédia pela Arquidiocese de Belo Horizonte, mesmo após dois anos do ocorrido, há muita violação dos direitos destas famílias.

“Os atingidos não foram violados apenas no dia 25 de janeiro de 2019, essa violação ainda ocorre diariamente com a falta de assistência, transparência e a não reparação. As negociações de ação coletivas são constantemente alvos de ataques da empresa responsável, que tenta a todo momento focar em ações individuais para que seja menos lesada e consigam negociar valores abaixo do que são de direito dos atingidos. Além disso, essas negociações não seguem um parâmetro, ao mesmo tempo que uma família é reconhecida no processo, um vizinho, na mesma situação não é. O que causa desunião entre os envolvidos enfraquecendo o processo”, relata.

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