Enquanto em todo o país são registrados casos de aglomerações e festas, muitas famílias seguem firme no isolamento desde março do ano passado, a fim de evitar o contágio pelo novo coronavírus. E vivem com um sentimento que aperta o coração: a saudade das pessoas queridas. Celebrado neste sábado (30), o Dia da Saudade, uma palavra que existe em poucos idiomas, ganhou novo significado com a pandemia.
Em São Francisco do Glória, no interior de Minas Gerais, Dona Cotinha (foto), como é conhecida a Maria Pereira Laviola, encontrou uma forma criativa de passar o Dia das Mães e o aniversário de 91 anos ao lado do filhos. Junto com o bolo, ela colocou as fotos dos sete filhos, nove netos e seis bisnetos para comemorar a data (foto acima). Ela conta que está rezando e esperando a vacina para poder abraçar os filhos.
“Completei 91 anos e nunca vi um ano desse jeito, dia 9 de março faz um ano que estou dentro de casa quietinha. Sinto muito falta deles, mas estou passando o período bem. No Dia das Mães e no meu aniversário abracei a todas as fotos em cima da mesa como se estivessem aqui. A gente sente é muita saudade, não é como eles virem aqui, não é a mesma coisa. Sentimos um aperto, mas graças a Deus passei esse período muito bem!”
Em 2021, Dona Cotinha e outros milhões de brasileiros ainda passarão o Dia da Saudade com o coração apertado. No entanto, resta a esperança de que em 2022, todos poderão, enfim, cantar o poeta Tom Jobim: “Dentro dos meus braços os abraços, Hão de ser milhões de abraços apertado assim, Colado assim, calado assim, Abraços e beijinhos, E carinhos sem ter fim, Que é pra acabar com esse negócio, De você viver sem mim”.
Com informações da Agência Brasil