Em reunião realizada com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Agostinho Patrus (PV), representantes do setor de Eventos apresentaram uma carta de reivindicações assinada por 11 entidades que atuam na área tanto em Minas Gerais quanto no Brasil. Entre as solicitações, estão a criação de um programa de renegociação de dívidas tributárias, isenção de impostos estaduais por 48 meses e isenção das taxas cobradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), também por 48 meses.
O presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Thiago Brito, disse que um terço das empresas do setor já faliram, desde o início da pandemia. Já Rodrigo Marques, presidente da Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee), estimou em ao menos 20 mil os empregos perdidos no setor.
De acordo com Marques, se nada for feito, a crise aumentará muito até abril, pois já começam a vencer os empréstimos para as empresas que conseguiram algum financiamento para enfrentar os primeiros meses da crise.
O diretor da Abrape, Lúcio de Oliveira afirmou que o setor admite que ainda é cedo para normalizar suas atividades. “Sabemos disso, mas precisamos adquirir algum fôlego para esperar a retomada”, afirmou, apontando a necessidade de reduzir a burocracia na concessão de crédito e abertura de editais para eventos públicos.
Vice-presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom-MG), Karla Delfim cobrou isonomia com o setor de bares e restaurantes, que chegaram a ter permissão para realizar pequenos eventos durante alguns períodos. “Se eles podem fazer isso, nós também podemos, e até com um controle de acesso muito maior”, argumentou.
Os deputados Gustavo Mitre (PSC) e Tito Torres (PSDB) também participaram do evento e apoiaram as reivindicações dos empresários. Tito Torres salientou que o setor é responsável por milhares de empregos diretos e indiretos, e por isso merece todo o apoio. “Apenas um evento, o Carnaval do Mirante, em Belo Horizonte, é responsável por 5 mil empregos diretos e 700 indiretos”, completou.
Ex-produtor de eventos e empresário do setor, Gustavo Mitre defendeu a criação de linhas de crédito, especialmente para as pequenas empresas. “As empresas maiores conseguiram algum crédito. As pequenas, nem isso. A dificuldade é maior”, afirmou. Ele também defendeu a isenção temporária de taxas, como as que se referem ao Corpo de Bombeiros.
Com informações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – Foto: Daniel Protzner