Na última semana, o encalhe do navio Even Given no Canal de Suez provocou diversas indagações no e reações do mercado: a cotação do dólar subiu; engarrafamentos nos portos da Europa e da América do Norte estão previstos; animais vivos em embarcações; e suas encomendas em sites de e-commerce à espera do desenlace da situação. Na madrugada do último domingo, 28, após muito trabalho de técnicos, especialistas, retroescavadeiras e, com o aumento da maré, o Even Given voltou à rota.

Isso não significa que o problema está resolvido, afinal, quase 400 outras embarcações passaram cerca de uma semana aguardando a resolução do problema e, numa via marítima de mão e contra-mão, por mais que se acelere o desafogamento desta fila, os portos que receberão as mesmas terão trabalho de sobra para dar saída em tudo. Jogue um punhado de feijão em um funil e você perceberá a velocidade e tempo necessários para que todos os grãos cheguem ao outro lado.

A Europa ainda repercute os impactos que virão, mas, no Brasil, “tátranquilo #táfavorável. O Correio de Betim, ciente que o município acolhe grandes nomes do e-commerce, entrou em contato com as empresas Amazon, B2W (leia-se: Shoptime, Submarino, Americanas.com) e Sequoia no último sábado, 27, por meio de seus canais disponíveis de comunicação. O questionamento foi se as mesmas estavam acompanhando a situação e se os consumidores betinenses, bem como da região metropolitana, sofreriam com atrasos na entrega de encomendas.

A Amazon Brasil, por meio de sua assessoria, comunicou: “A Amazon informa que continuará atendendo as demandas de entrega aos clientes.” Já as demais, não enviaram seus pronunciamentos oficiais.

Como a corda arrebenta sempre do lado mais fraco, provavelmente você, consumidor, terá de continuar dando F5 no computador para checar onde se encontram seus produtos, se também encalharam em algum porto ou se a maré também ajudou e as coisas estão à caminho.

Neste tapar o sol com a peneira, coloque a namoradeira na janela à espera das vans. Como bem escreveu o músico Djonga, “a solução para a autodefesa é vestir a carapuça”.

Foto ilustrativa: Ana Cotta