Na tarde desta quinta-feira, 20, dois senadores trouxeram para o debate a questão do tratamento precoce no combate à covid-19, durante a sessão de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, em Brasília.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o fato de medicamentos como a hidroxicloroquina, que vem sendo um dos recomendados no tratamento precoce, ser, ao longo das últimas décadas, comercializada sem receita médica nas farmácias e, após a pandemia, essa exigência passar a valer.
“Aí eu pergunto. Se durante 70 anos foi vendida sem receita, porque hoje fala que dá problema no coração, arritimia, que pode matar, então quem devo responsabilizar por ter viabilizado a venda durante 70 anos de uma medicação sem receita médica? Alguém tem que ser responsabilizado. Se esse remédio faz tão mal assim, por que durante 70 anos era vendido sem receita?”, questionou.
O senador afirmou que centenas de médicos o procuram pedindo para que haja mais acesso ao medicamento. “Se o médico quer receitar e acredita que funciona, mais da metade da minha família são de médicos e escutei de quase todos eles ‘Pelo amor de Deus, como senador, ajuda a viabilizar a medicação'”.

Quem também se posicionou sobre o assunto foi o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), ao pedir que o debate seja levado com mais ênfase ao Senado Federal para que possam ser ouvidas opiniões favoráveis e contrárias. O parlamentar criticou o fato de a imprensa condenar aqueles que defendem o tratamento precoce como alternativa até que os cidadãos sejam vacinados.
“Por trás das notícias, há o interesse das grandes, a chamada big farma. O direito (dos médicos) não está sendo respeitado. Há pressão de médicos, especialistas, professores universitários que mostram essa oposição. Falam em 441 mil mortes. Se nós adotássemos esse tratamento (precoce), conforme governadores iniciaram e depois houve essa guerra ideológica, nós teríamos, quem sabe, a letalidade no Brasil não seria 2.8, seria 1.4. Teríamos 220 mil mortos e não 441 mil, seguramente. Alguém é responsável por isso. Genocida é quem pratica esse fato”, criticou.