Atualizada 12/09 às 21h06
Atendendo a uma solicitação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, anunciou, na noite da última sexta-feira (10), a revogação do decreto que instituiria o Passaporte da Vacina no município a partir do próximo dia 20. Agora, a medida – antes obrigatória – passa a ser facultativa aos estabelecimentos. A mudança foi comunicada por meio de transmissão ao vivo no perfil oficial do prefeito nas redes sociais.
“É uma questão polêmica. Alguns proprietários acham que não deve haver essa restrição. Outros entendem que a medida gera mais segurança aos clientes, que se sentem mais confortáveis em compartilhar o ambiente apenas com outros cidadãos vacinados. Então, essa nova medida contempla os dois posicionamentos”, declarou Vittorio Medioli.
Qual era a proposta
Chamado de “Passaporte da Vacina”, o documento nada mais é que a carteira de vacinação ou o certificado digital de que pode ser obtido pelo site conectesus.saude.gov.br . De acordo com a Prefeitura, a norma seria aplicada aos cidadãos que já foram convocadas para a imunização, ou seja, a população adulta, com idade a partir dos 18 anos., que tenham tomado, pelo menos, a primeira dose. Adolescentes e crianças – que, por ora, ainda não foram convocados à vacinação – estão dispensados da obrigatoriedade do comprovante. No Brasil, apenas as cidades de São Paulo e de Manaus passaram a exigir essa comprovação recentemente.
Caberá aos estabelecimentos que aderirem à ideia em troca de flexibilização das normas de biossegurança o controle do acesso de pessoas nas respectivas dependências, por meio da checagem do Passaporte da Vacina juntamente com um documento com foto de cada indivíduo.
Opiniões divergem
Se pioneira para o poder Executivo, a iniciativa é um entrave na visão de alguns comerciantes. João Firmino de Andrade , que tem uma lanchonete na região Central da cidade achou ruim o fato de ter que fiscalizar quem foi vacinado ou não. “É um problema para a gente, porque precisamos da clientela. E agora temos que ser fiscais dos bons modos”, alfinetou.
Quem divide a mesma opinião é o proprietário da Jefis Cafeteria, José Arnaldo Nocera. “Será um pouco complicado termos de checar cada cliente para permitir ou não a entrada em nosso estabelecimento. Melhor seria se essa obrigação não recaísse sobre nós, proprietários”, pontuou.
Nos comércios nós somos responsáveis agora para sair de casa e andar nas vias públicas o prefeito tem como obrigação de fiscalizar 100% das pessoas , ou ele está prevaricando, fugindo de sua responsabilidade