Comemorado no próximo dia 21 em todo o país, o Dia da Árvore busca conscientizar a população sobre a importância da preservação de plantas e florestas para o meio ambiente. As árvores são o maior patrimônio ambiental que existe nas cidades. Elas abrigam os pássaros, que espalham as sementes e comem os insetos; dão sombra e diminuem a temperatura, deixando as caminhadas mais prazerosas.

Em Betim, como de costume, a Prefeitura fará sua parte. Com o objetivo de provocar uma reflexão sobre o tema e estimular condutas sustentáveis, algumas atividades serão realizadas para celebrar a data: plantio de mudas e distribuição de sementes. 

“Estamos construindo, desde 2017, uma nova Betim. São mais de 90 mil árvores plantadas sem gerar gastos para o município, por meio do Plano Municipal de Arborização Urbana. As aquisições das mudas, por meio de contrapartidas ambientais, são um marco. Nossa proposta sempre será ampliar cada vez mais a qualidade de vida da população betinense com o crescimento sustentável da cidade”, ressalta o secretário municipal de Meio Ambiente, Ednard Tolomeu. 

Questionada sobre o acompanhamento do ciclo de vida dessas mudas que estão sendo plantadas por meio de contrapartidas no município, a Prefeitura de Betim informou que realiza um monitoramento por meio do qual fiscaliza e exige que, no mínimo, 90% das mudas plantadas “vinguem”. Para espécies nativas, o monitoramento é de 18 meses. Já as espécies protegidas são monitoradas ao longo de 5 anos.

Programação

No Dia da Árvore (21), equipes da Semmad realizarão plantio de mudas de árvores nativas e frutíferas no bairro Citrolândia. Ação ocorrerá às 9h, no entorno do campo de futebol localizado na rua Duque de Caxias (s/n). Além disso, a secretaria também preparou um conteúdo educativo especial para os seguidores dos perfis oficiais da prefeitura nas mídias sociais.

Nos dias 20, 22 e 24, equipes da Divisão de Educação Ambiental distribuirão sementes de ipês amarelos nas regionais administrativas e nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

“Haverá outros plantios em Citrolândia em função de contrapartidas. Serão mais 80 mudas plantadas na região. A Semmad cobra das empresas como forma de compensação. Do ponto de vista ambiental, estamos também realizando outras ações, como análises de áreas de risco, patrolamento de todas as estradas para melhorar o escoamento de água no período chuvoso, bem como limpeza das margens de rios e córregos, para melhorar o curso da água”, explicou o gerente da regional Marcus Valle.

Inventário

O desenvolvimento urbano leva à ocupação de novas áreas. Normalmente, esta expansão se faz sobre áreas em que há árvores ou manchas de vegetação que necessitarão de algum tipo de manejo. Para que se possa definir o tipo de manejo a ser utilizado, é necessário que este processo se inicie com o inventário. O Inventário Arbóreo consiste na identificação, mapeamento, marcação e medição de espécies vegetais localizadas em uma determinada área. 

Em Belo Horizonte, esse trabalho vem sendo realizado desde  2011 em parceria com a Universidade Federal de Lavras. Até agora, 60% dele foi concluído, que são a catalogação de 300.000 árvores nas regiões Leste, Centro-Sul, Noroeste, Oeste e parte da Pampulha. Esse levantamento é feito em logradouros públicos. Atualmente, Belo Horizonte possui mais de um milhão de árvores (contabilizando árvores dentro dos parques e em logradouros públicos).

Em Betim, por sua vez, até 2020 esse tipo de levantamento ainda era inexistente. Também perguntamos à Prefeitura se o município realiza esse inventário por meio da secretaria de Meio Ambiente e, infelizmente, não tivemos retorno.

Dicas

Um problema muito enfrentado por muitos que querem plantar uma árvore, principalmente em passeios de residências, é desconhecer quais seriam as espécies mais indicadas para cada tipo de espaço público. “Na minha casa, tinha uma árvores bonita, dava flores, mas a folha era pequena e quando chegava a época do ano em que as folhas caem, sofria para varrer o passeio. Acabamos com o tempo cortando a árvore”, disse a doméstica Ana Amélia Cunha, moradora do Bom Retiro.

Outro detalhe que muita gente não se atenta diz respeito às raízes da espécie escolhida. Existem espécies que as raízes realmente acabam procurando mais área para que a árvore cresça. Consequência: o passeio da sua residência é quebrado pelas raízes.

De acordo com a bióloga Daphne Fraga, alguns cuidados devem ser sempre tomados. Além de procurar um especialista para se informar, “não se deve plantar árvores em esquinas e em locais que atrapalhem a sinalização de trânsito. Também é necessário manter afastamento de boca-de-lobo e rede de esgoto”. Fraga também deu sugestões de espécies certas de acordo com os locais em que serão plantados, confira:

Para passeios sob a rede de energia elétrica: árvores de pequeno porte

Da esq. para a dir.: Murta, Ipê Mirim, Ipê Cascudo, Escumilha Resedá e Cabeleira de Velho

Para passeios sem redes de energia elétrica

Da esq. para a dir.: aroeira mansa, aroeira salsa, magnólia, pata de vaca e quaresmeira