Betim no cenário nacional: Ôh Barba Cervejas é medalha de ouro com sua Kopf Kölsch

Uma vez cantou Jorge Ben… “os alquimistas estão chegando, estão chegando os alquimistas”. Não. Eles já chegaram e estão em Betim. ‘Tô’ falaaaando, diria @nisiotei.

Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay”. Tem uma frase assim, né? Rubem Alves (im memoriam!) já tateou umas teclas dizendo algo meio que, mas sobre a culinária. Leia… trazendo para o sentido etílico da coisa e com nosso bedelho em sua literatura. “Quem cozinha (faz cerveja) é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar (cervejar) é feitiçaria, alquimia. E comer (beber) é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida (bebida). Ela sabia que, depois de comer (beber), as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem”.

É isso. Coisas mágicas acontecem. Porque a alquimia está comendo (ou bebendo) solta quando falamos de cerveja artesanal no município e, nas mãos do jovem Tiago Augusto, da Ôh Barba Cervejas, a feitiçaria chega no estilo Raimundo Flamel, de Fera Ferida, só que transformando lúpulo, malte e outros breguetes em medalhas de ouro de concursos nacionais.

O cabra nos chamou no ‘zap’. Um videozinho maroto, cenas do Youtube. Paramos para ver. E lá estava a moça, do Brasil Beer Cup 2021, realizado em Florianópolis, anunciando: – Categoria German Kölsch. Dádiva Styles Kölsch, da cervejaria Dádiva, tem medalha de prata (risos internos deste mero escriba). E a Kölsch Kopf, da Ôh Barba Cervejas tem medalha de… ouro.

Jogamos os copos pra cima. Voou cerveja no teto inteiro. Repito: ouro! Mas não ouvimos nenhum grito na capela do vídeo, do tipo: “Aêêêêê, aqui é Betim, c@##@#%@!”.

A dúvida bateu em nós. Porque vibramos ao assisti-lo. Cinco copos foram ao chão, viramos garrafas no bico, batendo a mão nas veias braquiais, beijando a camisa e abrindo mais uma, bem gelada. – E aí cara, nem um grito de vitória, perguntamos. Sagaz, Tiago respondeu: – Não… cara. Esse vídeo eu gravei depois, já tinha vibrado pra c@##@#%@!

Pois é isso. Mais uma vez a cidade de Betim está mostrando ao Brasil como se faz uma cerveja artesanal de qualidade. E ela é boa mesmo. Nós já tomamos. A tal da Kopf Kölsch. E pedimos desculpas por chamá-la de “a tal” porque é difícil a pronúncia. Mas é boa. Em dias quentes então… pode confiar.

Tiago Augusto, o jovem alquimista, conta que agora o jogo vira, é Betim na cena com mais força. Não bastassem as medalhas da Jairos Cervejaria, tem gente nova chegando e merece seu lugar. Ele é sério e preparado, dedicado e competente. É Tiago cervejeiro. Esse cara é diferente!

“As pessoas agora vão conhecer melhor nosso trabalho, a qualidade dos nossos produtos. Tinha tentado em 2019 com essa cerveja, mas não deu. Recebi o feedback dos juízes e fui aprimorar a receita. Aguardamos um tempo para maturar a proposta e, desta vez, fomos agraciados com a medalha de ouro, pontuação máxima, dentro do estilo da cerveja. Betim está aí na cena agora. Vamos perturbar um pouquinho mais”, disse.

– “‘Nós é’ o carro, bicho”, finalizamos.

Sobre a cerveja

A ÔH Barba Kopf Kölsch possui uma belíssima coloração dourada, com a formação de uma espuma densa e cremosa. De corpo leve, a união dos maltes utilizados na receita, liberam sabores de cereais matinais e biscoitos frescos, além de um suave aroma floral do lúpulo nobre alemão.

Onde tomar:

Ôh Barba Cervejas

Rua do Rosário, 1060, Loja 01 – Angola

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