Salão do Encontro finaliza 2022 com a marca de 1.762 visitantes; saiba como agendar em 2023

Uma das grandes novidades que o Salão do Encontro trouxe em 2022 foi a retomada das visitas guiadas. A instituição, que é Patrimônio Cultural Imaterial de Betim, encerra o ano com a marca de 1.762 visitantes, entre crianças e adolescentes, de escolas públicas e particulares de Betim, Belo Horizonte, Contagem, Ibirité e Sarzedo.

Essa atividade faz parte das ações de Educação Patrimonial promovidas pela instituição, que ocorrem dentro do Projeto Semeando Cidadania, Saber & Cultura, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Durante as visitas, alunos e professores são recebidos por dois profissionais da instituição: um representante da gestão e a guia que realiza todo o percurso nos espaços. Ainda no pátio principal, é feita uma breve apresentação e orientações básicas.

Em seguida, os visitantes conhecem todos os espaços onde o Salão do Encontro mantém as técnicas tradicionais da cultura mineira e que renderam à instituição o título de Patrimônio Cultural Imaterial de Betim. O título foi concedido no ano de 2000, pela forma de ensinar, por meio de técnicas de valorização da cultura mineira, como a tecelagem, pintura com pigmentos naturais e o artesanato, que tornam a metodologia do Salão única e representativa na comunidade.

“Percebemos o quanto é fundamental as crianças e adolescentes saírem da escola e conhecerem outros espaços! O encantamento com o novo e a quebra da rotina escolar que o passeio propicia, torna essa experiência rica e única na construção de memórias afetivas. A retomada das visitas ao Salão do Encontro despertou muito interesse das escolas particulares e também de agências especializadas em turismo pedagógico, o que nos levou ao aumento dos dias das visitas, que a princípio seriam apenas terças e quintas”, destaca a guia turística Priscila Fonseca, responsável por acompanhar as visitas.

Roteiro

O passeio começa na Biblioteca, onde são apresentadas as atividades literárias e de contações de histórias realizadas no espaço. Em seguida, os visitantes seguem para a Oficina de Cerâmica, cujo objetivo é incentivar as habilidades criativas dos alunos, por meio de atividades que envolvam a alfabetização através da modelagem em cerâmica de letras e números, usando a argila natural.

Depois seguem para a Tecelagem, o local onde os pequenos têm contato com o artesanato através do Tear Mineiro, Tear Chileno e Tapete de Sisal, que procura trabalhar na criança a habilidade e não a produtividade. Desenvolve o conhecimento de texturas, a habilidade e a criatividade, além de coordenação motora fina, que irá contribuir para a escrita. Claro, os visitantes podem experimentar os minis teares e vivenciar um pouco do que é ensinado nas oficinas.

De lá, os visitantes seguem para a Fazendinha, que tem como objetivo desenvolver nas crianças as noções de um lar, no qual as crianças têm experiências lúdicas representando a vivência das famílias dos alunos, tendo também contato com a culinária (fazendo receitas como bolos, biscoitos, pipoca e tortas) com a finalidade também de introduzir as noções matemáticas de medidas.

Após a Fazendinha, que encanta os meninos e meninas, os pequenos visitantes conhecem a Oficina de Pintura com pigmentos naturais, onde os alunos produzem tinta extraída de torrões de terra dos jardins da instituição.

Os visitantes também conhecem os setores de artesanato da Escola Complementar, onde estudantes de 6 a 14 anos do Salão do Encontro participam de atividades de marcenaria, tear, entre outros.

Mas a visita não termina aí. Depois de conhecerem todo o espaço da educação, os visitantes seguem para o Centro de Artesanato, onde são realizadas técnicas artesanais, com artesãs da comunidade. Essas técnicas, que fazem parte da história de Minas, têm como o principal artesanato o Tear Mineiro. Nossas artesãs apresentam o processo de fiagem do algodão, e depois mostram como a linha vira lindas peças artesanais nos teares.

“Os modos de fazer, os modos de ensinar, e principalmente a filosofia única e afetiva da Fundadora Noemi Gontijo encantam os visitantes, que percebem logo na chegada que terão contato com uma experiência de saber diferenciada!”, afirma Priscila.

Quem passa pela instituição tem exatamente essa impressão. “Foi maravilhoso. Eu gostei bastante e achei muito interessante os projetos e os trabalhos com as crianças. Em uma era tão tecnológica, tão violenta e agressiva, as crianças têm a oportunidade de ter amizade umas com as outras e realizar trabalhos manuais”, afirma Cauã Gomes da Silva, de 15 anos, que conheceu o Salão pela primeira vez. 

A colega dele, Paola Neves, concorda. “O aprendizado também é muito importante porque tudo o que as crianças veem aqui, elas vão levar para a vida, vão guardar na memória. Eu não sabia como tecia a linha daquele jeito, então foi muito interessante. O contato que elas têm com a natureza, como quando elas pegam a terra e fazem a tinta, é muito especial também”, diz.

“É importante conhecer o nosso passado para saber como lidar com o presente”, completa Cristiely Vitória, da mesma turma.

Como agendar

As visitações guiadas ao Salão do Encontro são direcionadas principalmente para alunos da rede municipal de Betim, municípios adjacentes e comunidade em geral, com o propósito de promover Educação Patrimonial, ação que prevê o ensino das culturas e tradições de um povo, de modo a valoriza-las e mantê-las vivas. Em suma, é uma forma dinâmica e criativa da escola se relacionar com o patrimônio cultural da região.

As visitas serão retomadas em fevereiro de 2023 e o agendamento já pode ser feito pelo email contato@salaodoencontro.org.br ou pelo telefone (31) 3532-4911.

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