Levantamento indica que 96% dos focos do Aedes aegypti, em Betim, estão dentro das residências

O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro pela Prefeitura de Betim, mostrou que 96% dos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya estão dentro das casas dos moradores da cidade. Segundo o resultado do estudo, o Índice de Infestação Predial (IIP) do município está em 4,3%, ou seja, a cada 1.000 imóveis pesquisados, 43 estão com focos do mosquito. Este é o segundo maior índice registrado pelo LIRAa nos últimos dez anos. O indicador aponta que Betim está com alto índice de infestação do Aedes aegypti e em risco de epidemia para as três doenças.

O LIRAa revelou ainda que três regiões apresentaram alto índice de infestação: PTB (7,5%), Petrovale (7,5%), Alterosas (7,3%) e Imbiruçu (6,4%). Mas o alerta é para toda a cidade, já que todos os extratos apresentaram infestação média ou alta.

A diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariene e Fonseca, destaca que a população tem papel fundamental no combate ao Aedes aegypti, uma vez que 96% dos focos do mosquito estão dentro das residências.

“A prefeitura já está atuando para a eliminação dos focos, por meio da aplicação de inseticida por pulverizador costal, e também orientando a população. Mas o trabalho deve ser conjunto. A maior parte dos recipientes encontrados com larvas são de fácil eliminação e estão dentro dos imóveis. É responsabilidade do morador fazer a limpeza de sua casa, removendo ou tampando esses recipientes que podem acumular água para evitar que o mosquito se prolifere”, orienta.

O Índice de Breteau (IB), que indica o percentual de criadouros positivos, também foi alto: 4,8%. Isso significa que, a cada 1.000 imóveis visitados, 48 tinham recipientes positivos para Aedes aegypti. Os tipos de criadouros mais comumente encontrados (34,3%) foram vasos/frascos com água, bebedouros de animais, vasos de plantas, pratos, bacias, recipientes de gelo de refrigeradores, bebedouros, pequenas fontes ornamentais e materiais de construção. O lixo seco é o segundo tipo de criadouro mais frequente (26,6%).

Dados epidemiológicos

Segundo registros da Diretoria de Vigilância em Saúde, foi observado, em fevereiro, um aumento do número de casos confirmados de dengue em Betim. Se comparado com o mesmo período de 2022 (janeiro e fevereiro), o aumento de casos confirmados foi de 95%.

Casos de dengue em Betim

Notificados

2022

946 (ano todo)
171 (de janeiro até a 20 de fevereiro)

2023

203 (de janeiro até a 20 de fevereiro)

Confirmados

2022

  • 268 (ano todo)
  • 55 (de janeiro até a 20 de fevereiro)

2023

  • 107 (de janeiro até a 20 de fevereiro)

Em 2022 e 2023 não foram registrados casos de zika no município. Quanto à chikungunya, foram confirmados, em 2022, 15 casos. Neste ano, foram registrados, até o momento, cinco casos da doença.

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